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POLÍCIA DIZ QUE MÃE TENTOU ESCONDER A EXISTÊNCIA DO PADRASTO

Segundo a polícia, a mãe e a tia da criança deram declarações contraditórias durante os depoimentos e elas tentaram ocultar a existência do padrasto.

Por Mauro Robert em 24/04/2024 às 08:33:29

A Polícia Civil segue nas investigações sobre o assassinato da criança Anna Kerolayne Gomes Nunes, de 3 anos, que teve a morte encefálica declarada pelo HUT nessa segunda-feira (22.abr), após dar entrada com lesões graves e marcas de agressão física, no dia 15 de abril.

A mãe e o padrasto, identificados como M.K.N. de O. e F.S.R., foram presos nessa segunda (22.abr), na cidade de Esperantina, por mandado de prisão temporária e são investigados por crime de homicídio qualificado pela tortura e em contexto de violência doméstica e familiar.

Segundo a polícia, a mãe e a tia da criança deram declarações contraditórias durante os depoimentos e elas tentaram ocultar a existência do padrasto. A mãe disse inicialmente que não convivia com ninguém, que não tinha companheiro, que não possuía nenhum relacionamento. No entanto, a investigação policial constatou a existência da figura paterna, inclusive, o padrasto possui antecedentes criminais de delitos contra o patrimônio, como roubo.

Agora, a polícia tenta desvendar qual participação da mãe no crime: se ela teria agredido a filha de alguma forma ou se teria agido por omissão e permitido que o padrasto agredisse a criança sem denunciar.

De acordo com outro familiares, Anna Kerolayne morava com a família paterna em Teresina e a mãe foi buscar a criança em janeiro deste ano, para morar em Esperantina.

ENTENDA O CASO:

Anna Kerolayne deu entrada no Hospital Estadual Dr. Júlio Hartman, em Esperantina, no dia 15 de abril, com quadro convulsivo, manchas escuras pelo corpo e clavícula fraturada. Funcionários do hospital desconfiaram da situação e acionaram o Conselho Tutelar, que por sua vez, notificou as autoridades policiais. A criança foi entubada e transferida às pressas para o HUT, em Teresina, vindo a morrer nessa segunda (22.abr).


Após a constatação do óbito, o corpo foi liberado para a família pelo Instituto Médico Legal (IML), ainda na noite de ontem. O velório está sendo realizado na cidade de Teresina.

Para a polícia, não existe mais dúvidas de que Anna Kerolayne foi submetida não apenas a agressões pontuais, físicas, mas a tortura física, sobretudo na região da cabeça.

As investigações sobre o caso seguem em andamento. A Polícia Civil do Piauí tem o prazo de 30 dias, a contar da data da prisão do casal. O inquérito policial será remetido ao Ministério Público, posteriormente. A investigação está sendo conduzida pela Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher e aos Grupos Vulneráveis (DEAMGV).

Fonte: Revista AZ

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